O E-paper é um de “papel lcd” que imprime na tela informações passadas à ele.
Pense na cena: Chegando na estação do metrô, enquanto aguardo o metrô, pego um e-paper fixado num suporte de ativação na parede, como se fosse um panfleto qualquer, ao pegar ele, ele capta a minha impressão digital, desta maneira ele liga e ativa automáticamente, e apartir de agora está sobre minha posse, sendo eu responsável por ele, ao captar minha impressão digital, pela internet sem fio ele acessa meu OpenId, e faz uma busca nas minhas redes sociais, procurando assuntos sobre meus gostos pessoais nas minhas comunidades ou grupos, utilizando o sistema de tags, após isso ele exibe informações gerais, como por exemplo: meu próximo compromisso do dia, vídeo ao vivo do meu time e a opção de comprar o ingresso para o próximo jogo, nesse momento o metrô está chegando e como estou sentado no banco da plataforma concentrado assistindo e ouvindo o jogo com meu fone bluetooth, surge um alerta sonoro e na tela, avisando que o mesmo está chegando em instantes, para eu ter tempo de arrumar minhas coisas para embarcar, caso eu deseje, posso levar o e-paper para dentro do metrô, onde posso continuar utilizando ele, e descobrir que um amigo meu está no vagão ao lado, ou posso colocá-lo no suporte de onde tirei ou em outro suporte espalhado pelos locais públicos, desativando-o e informando ao sistema central que eu não estou mais com o e-paper, e caso eu queira ficar com ele ou não devolvê-lo, em até 24h será debitado automáticamente do meu cartão de crédito o valor do equipamento, sendo agora uma propriedade minha.
Já pensou se tudo isso pudesse virar realidade? Posso lhe dizer que estamos muito próximos.
Portanto vou fazer uma explanação em cima deste assunto que ainda vai dar muito o que falar:
Vou falar inicialmente do setor de comunicação em massa:
Grandes empresas de comunicação
Grandes veículos de comunicação tem utilizado a internet como um plus ou simplesmente uma replicação do que funciona nos veículos tradicionais (jornais, tv, etc..), eles costumam divulgar seus profiles no Twitter, por exemplo, para informar a grande de programação, as manchetes, e isso tenho que dizer que é uma subutilização da interatividade que está sendo disponibilizada.
Alguns jornais publicam suas notícias nos seus portais, trazendo alguns conteúdos no maior estilo infográfico da SuperInteressante em Flash, e acham que isso é o máximo. Acho isso legal, mas é uma subutilização do recurso que pode ser utilizado para fins muito mais complexos e que poderiam trazer retornos maiores à sociedade.
Os grupos de comunicação tem que entender que a internet não é somente uma extensão de seus outros canais de comunicação, ela é o veículo, ela é a informação, ela é a a nova comunicação, uma comunicação bi-lateral, que até então não havíamos chego com totalidade.
Convergência natural
Li um post no WebInsider, da jornalista Nara Franco, com o título: “E o jornal, vai acabar? Vai e não vai”, não pude deixar de comentar e escrevi o seguinte:
Acredito que no final tudo virará a mesma coisa, tv vira pc setupbox com acesso via ip que vira um equipamento de video conferência com uma webcam, assim como rádio digital que roda via wi-max e você poderá falar com a emissora enquanto dirige, e jornal que vira e-paper que conecta via wifi/3G/etc. e recebe as notícias via internet.
Ou seja:
A era que estamos entrando não pode ser comparada à chegada da tv após o rádio, pois estamos falando de revolucionar todos os anteriores meios de comunicação, e não somente uma evolução no tipo de informação que ele passa.
A internet não resume-se somente à computação e celulares, será onipresente estará em todos os lugares todo o tempo disponível e acessível para que qualquer equipamento que possua alguma interface (visual/auditiva) possa acessar qualquer informação desejada pelo usuário.
É o que penso
Na era atual, cada mídia tem seu meio de chegar ao receptor, o jornal/revista é via papel, a TV via TV (o.O, capaz!?) e atualmente pelos celulares, o rádio via aparelhos instalados em veículos, residências, mp3 players, walkmans, etc..
No futuro isso não existirá mais, o que haverá serão interfaces/aparelhos receptores com acesso à informação distribuída via internet sem fio.
Jornalistas, radialistas, repórteres continuarão existindo
A Web 2.0 não vai matar a imprensa, elas vão co-existir.
A Web 2.0 é muito legal, com um monte de gente escrevendo sobre o que está fazendo, publicando vídeos engraçados, desde funk do twitter à vídeos com reações à outros vídeos bizarros, mas temos que entender que tudo isso é mero entretenimento.
Jornalismo é jornalismo e tem que ser sério. Você não fica acreditando em tudo que ouve por aí, certo? Então imagina se 5 milhões de pessoas ficassem lhe dizendo coisas, expressando a sua opinião, você acreditaria em algo? Por isso que a imprensa tradicional irá permanecer existindo, pois eles vivem disso, vivem para isso, jornalistas não fazem notícia somente quando a rua da casa deles alaga, eles vão atrás de informação exclusiva, eles tem um papel importante na sociedade, porém com a participação coletiva, o trabalho da imprensa terá que ser mais completo e terá mais fontes para publicar o que for de fato verídico, de forma seletiva.
O meio muda, a mensagem permanece
Aqui irei mostrar os principais avanços tecnológicos que irão revolucionar a forma que consumimos informação, mostrando que os meios irão mudar mas a mensagem continuará sendo enviada da mesma maneira.
E-Paper / E-Reader / Tablet
No texto escrevi e-paper para ficar mais fácil de entender, porém poderia se colocado no local Tablets, E-Reader, Laptops Touchscreen, e outras interfaces semelhantes.
O E-paper é um de “papel lcd” que imprime na tela informações passadas à ele.
Veja aqui um exemplo de E-reader:
Exemplo de E-Paper Flexível
Caso deseje ver alguns modelos de e-paper/e-readers disponíveis atualmente dê uma olhada nesta galeria do IDG Now!.
Não vou entrar em questões técnicas do e-paper, como será feito e sim como poderá ser utilizado.
Todos os dias, são impressos e distrbuídos cerca de 530 milhões de jornais em todo mundo, conforme a Associação Mundial de Jornais. São toneladas e toneladas de papel jornal que em menos de 24 horas após serem produzidos tornam-se lixo. São utilizadas 12 árvores e 10 mil litros de água para produção de 1 tonelada de papel jornal.
Retirado do Reciclage.org
O E-paper é o futuro e está vindo, à passos curtos, mas virá. Isso é fato.
O E-paper que me refiro no texto abaixo será fino como uma folha de papel, acredito que será touchscreen e terá acesso sem fio à internet, acessando páginas da web, como notícias, diretamente do “site” das empresa jornalística ou via agregadores como o Google Reader que busca as informações via fontes RSS.
Além de toda questão ecológica por trás da produção do papel para os jornais, vem também o custo de distribuição e impressão, com o E-paper isso seria reduzido à zero.
Quem paga o E-paper
O E-paper será comprado pelos consumidores como um computador portátil, porém com custos acessíveis (~R$ 300), no início tudo é mais caro, mas com a popularização os preços baixam, e num futuro não tão distante (acredito que dentro de 15 anos) ele poderá ser gratuito (ou à custos de jornais atuais R$ 2,50 à R$ 5,00), e quem pagará por ele será a publicidade e o preço será definido pelo tamanho da tela.
Além disso tem diversas outras formas para o fornecedor do equipamento obter lucros, visto que o equipamento possuirá uma conexão com possibilidade de envio de dados, o fornecedor do e-paper poderia fornecer aplicativos diversos, como para compras online, onde o usuário pode comprar algo que viu no anúncio no e-paper diretamente pelo equipamento, e o fornecedor do equipamento ficaria com uma comissão da venda.
Google e o E-paper
Atualmente o Google anunciou o lançamento do seu sistema operacional Chrome, que pretende entrar principalmente no mercado dos netbooks, já tendo firmado parcerias com a Acer e a Asus, principais fabricantes de Netbooks, desta maneira cheguei à conclusão que dominando o mercado de sistemas operacionais para esses aparelhos, ele poderia oferecer os seus anúncios em espaços como no Google Reader, que atualmente não possui nenhum anúncio.
Mobilidade Total
Todos os serviços web como o Gmail, Orkut, Twitter, Flickr, Skype poderão ser utilizados de qualquer lugar por qualquer usuário, utilizando infra-estrutura Cloud Computing (computação em nuvens, onde as informações do usuário não ficam no aparelho e sim no servidor do provedor do serviço) de maneira rápida e eficaz, tudo isso sob a internet Wi-Max que será distribuida de forma gratuita futuramente em todos os locais, indícios que me levam à acreditar nisso são os recentes avanços em comunidades de baixa renda no Rio de Janeiro, onde estão ganhando acesso gratuito de forma de democratizar o acesso à internet.
E acredito que eles possam vir com uma microimpressora acoplada para que o usuário possa imprimir a página diretamente do equipamento, caso deseje ter uma cópia física do material, semelhante às impressoras já existentes para tablets porém menores, muito menores.
Exemplos futuristas
Posso afirmar que o E-paper ainda será descartável, assim como o jornal. Imagine um computador portátil superfino fabricado com polímeros biodegradáveis utilizando nanotecnologia. Quem paga por essas facilidades são os maiores interessados, mídia e anunciantes.
Fins educacionais
Ele poderá ser utilizado para fins educacionais como em escolas, terminando com os livros, que além de consumirem espaço físico, possuem um alto custo, e são descartados de anos em anos, ou seja, a cada novidade, há a necessidade de re-imprimir e comprar tudo novamente, gerando custos para as instituições de ensino ou suas mantenedoras.
Conclusão
Sei que fui bem futurista em algums itens, porém tracei uma linha que vai ao futuro, trazendo vantagens aos usuários finais, à mídia, aos anunciantes e ao mundo como um todo.
Esse assunto abrange muitos quesitos e é bem complexo, não sei se terei até domínio completo para colocar tudo o que pode ser descrito sobre isso aqui, mas é possível que venha à escrever vários posts para chegar à uma tese completa que pretendo fazer. Tudo isso é a minha opinião própria sobre assuntos que venho vendo e escutando na mídia especializada e tradicional. Escrevi em formas de afirmações pois é uma convicção minha na hora de escrever, posso até mudar de opinião, mas no momento é isso.
um tipo de tablet com acesso sem fio à internet, que acessa as notícias diretamente do “site” da empresa